quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

“Se eu pudesse dizer o que nunca te direi, tu terias que entender aquilo que nem eu sei!” (Fernando Pessoa)

Ando tão dawn....


...da janela vejo a vida passar e aqueles projetos e planos de antes perderam a intensidade, ou eu perdi o entusiasmo.
Não sei mais com tanta certeza o que quero e se quero....
Está na hora de comprar uma cama nova, um colchão novo, bem gostoso, redecorar meu quarto e dormir, dormir...para não deitar em saudades e viver de lembranças.... vasculhar o sótão e ficar com cheiro de mofo nas mãos, não, não quero mais dias assim, cansei de esperar o sol sair, de a chuva passar, do vento cessar....o sonho acabou, na verdade nunca começou.
Culpa minha, andei inventando cores, plantei flores, nada floresceu...todos se foram, eu permaneci.
Nesse jogo, perdi o rei, perdi a rainha...
“cheque-mat”........acabou!
A janela se fechou, o vento se foi, choveu, não dormi,o relógio parou, a música nunca mais tocou...
RM.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008


Hoje ganhei um presente do meu querido amigo "Tô na esquina", estou postando aqui em agradecimento pelo carinho e pelo improviso nos versos que acabaram rendendo essa pequena jóia.

Quis um verso bem pequeno... simples como uma flor... que depois do orvalho e sereno... parecidos com lágrimas de dor.... se abrisse, sorrindo pro sol... explodindo pétalas de amor.......

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Silêncio


Ouço o teu silêncio nas sombras sobre o cais
Teus barcos já não atracam mais e todas as amarras desfeitas em nós
deixaram naufragados os sonhos em mim

A lua refletida nas águas calmas
como a mostrar o caminho por onde
soltaram teus navios

E todas as águas derramam dos olhos
meus os silêncios teus

e me fere a alma
e me corta a carne
e me rouba o riso

e me fecho em passos vazios
que me levam para longe de ti

desde então, sou brisa que vagueia
entre sobras solitárias de mim.

RM.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Te Amo perdidamente



Eu te amo antes e depois de todos os acontecimentos, na profunda imensidão do vazio e a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo em todos os ventos que cantam, em todas as sombras que choram, na extensão infinita dos tempos até a região onde o silêncio mora.

Eu te amo em todas as transformações da vida, em todos os caminhos do medo, na angústia da vontade perdida e na dor que se veste em segredo.

Eu te amo em tudo que estás presente, no olhar dos astros que te alcançam, em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo desde a criação das águas, desde a idéia do fogo e antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente desde a grande nebulosa até depois que o universo cair sobre mim suavemente.