terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Silêncio


Ouço o teu silêncio nas sombras sobre o cais
Teus barcos já não atracam mais e todas as amarras desfeitas em nós
deixaram naufragados os sonhos em mim

A lua refletida nas águas calmas
como a mostrar o caminho por onde
soltaram teus navios

E todas as águas derramam dos olhos
meus os silêncios teus

e me fere a alma
e me corta a carne
e me rouba o riso

e me fecho em passos vazios
que me levam para longe de ti

desde então, sou brisa que vagueia
entre sobras solitárias de mim.

RM.

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