segunda-feira, 28 de abril de 2008



— Em mim sonhas um mar, um horizonte
murmuravas. — Ao ver-me rio e vento
sabes que ao ser apenas lago e fonte
és imóvel, e sou teu movimento.

E sonhei mais. Que em volta do teu rio
fosse eu contorno e no teu vento eu fosse
a flexível resposta de um navio
saciando essa procura que te trouxe.

E sonhei mais ainda pois sonhei
também que me sonhavas. Descobri
que nem mesmo sonhaste o que te amei.

Na manhã do teu rio em que me apago
ficaram, desse sonho onde vivi,
as águas tristes que não foram lago.

Lupe Cotrim

quarta-feira, 23 de abril de 2008



... antes que eu desanime,
venho dizer-te a falta que me fazes nesta
paixão enorme que, se me comprime,
fascina, atiça e, a ti, entregue, se confessa...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Janela



"Abre a janela agora
deixa que o sol te veja
é só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
o amor já desvendou nosso lugar
e agora está de bem"

(Marcelo Camelo)

ai, ai...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quando



QUANDO A GENTE GOSTA
É CLARO QUE A GENTE CUIDA

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A infância pede socorro

Eu havia decidido não comentar sobre o caso Isabella, contudo não posso ficar indiferente à barbárie.
A Morte da menina Isabella deixou uma extraordinária herança. Ampliou o debate como nunca, sobre um problema que ocorre no Brasil, diariamente crianças anônimas são submetidas as mais variadas formas de agressão: a violência doméstica.
Não estou dizendo que ela foi assassinada pelos pais, apesar dos vários indícios comprometedores, não há, até o momento, provas para condená-los.
O que estou focando é o fato de que a morte trouxe luz a este problema, até agora com pouca repercussão porque é mais comum entre família pobres e desestruturadas, vítimas de desequilíbrios emocionais extremos.
Nos últimos anos, tenho acompanhado vários casos de violência contra a criança no país e estou convencida de que muitas crianças escolhem viver nas ruas principalmente pela dificuldade de enfrentar a agressão familiar, agravada pelo consumo de álcool e das drogas, em meio ao ambiente de impunidade, mais precisamente pelo silêncio materno.
Isso tudo é sabido e denunciado por médicos, assistentes sociais, psicólogos e educadores. Mas nunca, nem remotamente, se prestou tanta atenção nesse tema como no caso Isabella – essa é a triste e monumental herança que a menina deixou.
O problema é que esse tipo de caso tem que ocorrer na classe média para que a nação acorde.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008



"Carrego seu coração comigo
eu o carrego no meu coração
nunca estou sem ele
onde quer que eu vá, você vai, meu doce...
e o que quer que seja feito por mim
é feito por você, meu amor...
não temo o destino
pois você é o meu destino, minha vida...
não quero o mundo
pois você é o meu mundo, minha verdade...
e você é o que a lua sempre significou,
o que o sol sempre cantou...

aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe:
a raiz da raiz, o broto do broto
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais alta do que a alma pode ansiar
ou a mente pode esconder..
e aqui está o milagre que mantém as
estrelas separadas...

Carrego seu coração
eu carrego no meu coração..."

E.E. Cummings

sábado, 12 de abril de 2008

Suavemente



É sobre ti
que deixo pingar
minhas carícias
feitas palavras,
meus beijos
feitos voz.
Apago o tempo
desligo-me do espaço
e deixo-me chover sobre ti.

Otávio Coral

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Amor absoluto



Permita-me dizer trechos do meu pensamento,
certas coisas que não cabem nas palavras
mas ditam as regras dos meus sentimentos.
Como não amar por absoluto,
se o que eu vejo é tudo o que desejo
e o que sinto é imensidão.
Não existe nada que eu queira mais que
teus olhos deitados nos meus sonhos
e teu sorriso em meus lábios.
Como não amar por absoluto
se encontro entre teus passos os passos meus e
todos os caminhos de nós dois.

"As canções estão nos seus olhos, eu as vejo quando você sorri..."

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Outono


Tuas cores quase desbotadas
dessas tardes frias de abril

Fazem-me sentir saudades
dos dias quentes de verão,
do céu de anil

Teus matizes
anunciam os ventos que virão
A chuva brinda sua chegada
descendo mansa das nuvens que já foram de algodão

Os plátanos, avermelhados colorem
de dourado os caminhos que vem e vão

Tens um que de mistério,
encantadoramente outonal

Poético e triste,

com suas nuances absolutas e inquietantes
logo serás inverno