terça-feira, 22 de julho de 2008

Por motivos profissionais estarei ausente por algum tempo.
Assim que for possível voltarei a fazer postagens.
Agradeço o carinho e a compreensão de todos.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Tempo


Fala-me do tempo, meu amor
Em que moras e eu existo
Do tempo em que a noite chega despida

De vendas, espaços ou carrascos
E de onde como se fora o alto de um penhasco
nos atiramos de mãos dadas
Para o regaço da vida

Fala-me do tempo, meu amor
Em que mesmo sem tempo
Me sabes de cor e atravessas
Em passos de mágica as linhas
Do que sou e só tu conheces
Do tempo em que sem pressas
Me vestes de gestos teus
E me afagas em hálitos úmidos
de branda maresia

Fala-me do tempo, meu amor
Em que nos esperamos
No fim dos dias já passados
E cansados conseguimos lembrar
Os sorrisos adiados de nós
Por falta de tempo
E arrancamos do fundo do peito
O lugar onde guardamos os sussurros
Já bolorentos da nossa voz
E os deixamos renascer do esquecimento

Fala-me do tempo, meu amor
Porque ainda é tempo
De esquecer que o tempo existe
E inventar um lugar dentro do beijo
Que nunca deixamos de nos dar
Onde o tempo só tenha espaço
E só tenha tempo para nos sabermos sonhar



O Tempo é soberano de ausências... A alma, porém, é soldado sempre alerta e, na magia do que resta do tempo, inventa um espaço para além do correr da vida... sobrevivendo e, sobretudo, acreditando que é possível viver na ausência do tempo e para além dele...

sábado, 28 de junho de 2008


O homem que me inspira

Lê o poema que há em mim

Decifra meus desejos e mistérios

Num olhar...Me tira do sério.

Conhece cada verso

Que há em minha alma

Cada reticência...

Sabe das vírgulas que calam em minha essência.

O homem que me inspira

Lê o poema que há em meu corpo

pode desenhar à distância os traços do meu rosto

Conhece cada ponto que leva ao meu sorriso...

É pra ele cada verso que poetizo.

Sirlei L. Passolongo


Por Sonia da Ilha da Magia

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Io Che Amo Solo Te



C'è gente che ha avuto mille cose, tutto il bene tutto il male del mondo
Io ho avuto solo te, io non ti perderò, non ti lascerò
Per cercare nuove avventure

C'è gente che ama mille cose, e si perde per le strade del mondo
Io che amo solo te, io mi fermerò e ti regalerò
Quel che resta della mia gioventù

Sergio Endrigo

Tradução:

Tem gente que teve mil coisas
todo o bem e todo o mal do mundo
Eu que tive só você
Eu não te perderei
não te deixarei
À procura de novas aventuras

Tem gente que ama mil coisas
e se perde pelas estradas do mundo
Eu que amo só você
Eu me deterei
e te presentearei
com o que resta da minha juventude

Molto bello, applausi!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Soneto do Amor e seus sóis



Eram teus olhos de água, olhos de água
ensombrada de folhas, eram teus
olhos de água marinha, eram teus olhos
de água límpida, ou turva, eram teus olhos

de água cintilante de tão negra,
eram teus olhos de água luminosa
como só umas raras dessas brisas
chamadas alma, eram os teus olhos

— e eis que teus olhos ainda são, que sempre
outros olhos e os mesmos: o amor
diverso e idêntico no azul do peito

a amanhecer-me, a moldar-me as
asas de mergulhar no chão profundo
e patas de galgar os altos ventos.

Ruy Espinheira Filho

quarta-feira, 11 de junho de 2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

terça-feira, 3 de junho de 2008


Fazer aniversário é uma delicia. Adoro minha idade e a cada ano que passa vejo uma nova oportunidade.
Estar no ápice da maturidade com a mesma alegria e compartilhar isso com as pessoas que são importantes é um presente da vida, um privilégio.
Estou feliz!
Amanhã, 4 de junho, vou saborear o meu pedaço do melhor bolo de todos os tempos (sempre digo isso).Torço para que o dia não esteja muito frio, que o sol apareça, e se não for desse jeito, tudo bem.

segunda-feira, 2 de junho de 2008



Não!
Não eram asas coloridas...
...eram cores floridas
em pétalas aladas...

...Ah!
Era deveras o meu fascínio...
Meu coração se rende
neste vôo absoluto

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Nuances


há o tempo
que não se apaga
há o fulgor
que nada ofusca
há a forma
que se solidifica

é a luz
que redime
é o hoje
que renasce
é o corpo
que acorda


Otávio Coral

segunda-feira, 26 de maio de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poemas amanhecidos



Quando te imagino entre meus braços
e no teu abraço me encontro só tua,

delicados poemas misturados, suspiros,
vertigem, miragem.

Desperta,

disfarça,

acorda o silêncio

é só mais um sonho interrompido.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

10 anos sem Sinatra



Um homem carismático e de voz inconfundível conquistou merecidamente um lugar de honra na história da música contemporânea.

Uma voz quente, excessiva, romântica, expressiva, sedutora, melancólica, terna, poderosa, idolatrada e eternizada em canções belíssimas.

Eu não poderia deixar de prestar minha homenagem a este grande ídolo da música que
muito me inspirou em vários momentos.

quarta-feira, 7 de maio de 2008


“Existe
mais
filosofia
numa garrafa
de
vinho
que
em
todos
os
livros.”

(Pasteur)


Tim tim...

sábado, 3 de maio de 2008

De Lugar Nenhum, Um Dia



na tua vista a minha espelhada

horizonte sem brisas flor do dia

surgida da noite como rio silencioso

por entre nuvens negadas à melodia


no tombadilho ressoam turbilhões

contam-se contos escondem-se fadas

lendas antigas à flor-da-pele

memórias de metáforas desalinhadas


na tua vista a minha vista espelhada

pousa esta paixão sem altares ou portos

na pele do desejo com algemas de lua

por entre horas atadas em beijos loucos


um dia sei que os voos de longe

vão no meu sonho ficar pousados

como escravos entre escombros

nas prisões dos calendários apagados


sem receio dos cânticos das sereias

vozes trazem-te como das fadas o gosto

nesta invenção de um pôr-de-sol só meu

que jamais se espelhará em teu rosto.

segunda-feira, 28 de abril de 2008



— Em mim sonhas um mar, um horizonte
murmuravas. — Ao ver-me rio e vento
sabes que ao ser apenas lago e fonte
és imóvel, e sou teu movimento.

E sonhei mais. Que em volta do teu rio
fosse eu contorno e no teu vento eu fosse
a flexível resposta de um navio
saciando essa procura que te trouxe.

E sonhei mais ainda pois sonhei
também que me sonhavas. Descobri
que nem mesmo sonhaste o que te amei.

Na manhã do teu rio em que me apago
ficaram, desse sonho onde vivi,
as águas tristes que não foram lago.

Lupe Cotrim

quarta-feira, 23 de abril de 2008



... antes que eu desanime,
venho dizer-te a falta que me fazes nesta
paixão enorme que, se me comprime,
fascina, atiça e, a ti, entregue, se confessa...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Janela



"Abre a janela agora
deixa que o sol te veja
é só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
o amor já desvendou nosso lugar
e agora está de bem"

(Marcelo Camelo)

ai, ai...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quando



QUANDO A GENTE GOSTA
É CLARO QUE A GENTE CUIDA

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A infância pede socorro

Eu havia decidido não comentar sobre o caso Isabella, contudo não posso ficar indiferente à barbárie.
A Morte da menina Isabella deixou uma extraordinária herança. Ampliou o debate como nunca, sobre um problema que ocorre no Brasil, diariamente crianças anônimas são submetidas as mais variadas formas de agressão: a violência doméstica.
Não estou dizendo que ela foi assassinada pelos pais, apesar dos vários indícios comprometedores, não há, até o momento, provas para condená-los.
O que estou focando é o fato de que a morte trouxe luz a este problema, até agora com pouca repercussão porque é mais comum entre família pobres e desestruturadas, vítimas de desequilíbrios emocionais extremos.
Nos últimos anos, tenho acompanhado vários casos de violência contra a criança no país e estou convencida de que muitas crianças escolhem viver nas ruas principalmente pela dificuldade de enfrentar a agressão familiar, agravada pelo consumo de álcool e das drogas, em meio ao ambiente de impunidade, mais precisamente pelo silêncio materno.
Isso tudo é sabido e denunciado por médicos, assistentes sociais, psicólogos e educadores. Mas nunca, nem remotamente, se prestou tanta atenção nesse tema como no caso Isabella – essa é a triste e monumental herança que a menina deixou.
O problema é que esse tipo de caso tem que ocorrer na classe média para que a nação acorde.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008



"Carrego seu coração comigo
eu o carrego no meu coração
nunca estou sem ele
onde quer que eu vá, você vai, meu doce...
e o que quer que seja feito por mim
é feito por você, meu amor...
não temo o destino
pois você é o meu destino, minha vida...
não quero o mundo
pois você é o meu mundo, minha verdade...
e você é o que a lua sempre significou,
o que o sol sempre cantou...

aqui está o segredo mais profundo que ninguém sabe:
a raiz da raiz, o broto do broto
e o céu do céu de uma árvore chamada vida;
que cresce mais alta do que a alma pode ansiar
ou a mente pode esconder..
e aqui está o milagre que mantém as
estrelas separadas...

Carrego seu coração
eu carrego no meu coração..."

E.E. Cummings

sábado, 12 de abril de 2008

Suavemente



É sobre ti
que deixo pingar
minhas carícias
feitas palavras,
meus beijos
feitos voz.
Apago o tempo
desligo-me do espaço
e deixo-me chover sobre ti.

Otávio Coral

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Amor absoluto



Permita-me dizer trechos do meu pensamento,
certas coisas que não cabem nas palavras
mas ditam as regras dos meus sentimentos.
Como não amar por absoluto,
se o que eu vejo é tudo o que desejo
e o que sinto é imensidão.
Não existe nada que eu queira mais que
teus olhos deitados nos meus sonhos
e teu sorriso em meus lábios.
Como não amar por absoluto
se encontro entre teus passos os passos meus e
todos os caminhos de nós dois.

"As canções estão nos seus olhos, eu as vejo quando você sorri..."

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Outono


Tuas cores quase desbotadas
dessas tardes frias de abril

Fazem-me sentir saudades
dos dias quentes de verão,
do céu de anil

Teus matizes
anunciam os ventos que virão
A chuva brinda sua chegada
descendo mansa das nuvens que já foram de algodão

Os plátanos, avermelhados colorem
de dourado os caminhos que vem e vão

Tens um que de mistério,
encantadoramente outonal

Poético e triste,

com suas nuances absolutas e inquietantes
logo serás inverno

sexta-feira, 28 de março de 2008

Anjo

Em minha rua há uma espera
do tamanho do horizonte.
Cinzentas são as quimeras
mas, em minha rua há uma fonte…

… que às vezes lava mares
de malabares quebrantos
e banha recém nascidos
no primo canto, ungidos,
do feitiço de outros ares
dos males de outros cantos.

Em minha rua mora um anjo
dono da situação.
Não se chama solidão
e faz-se em som de banjo
puro espalhar sedução.

Em minha rua o passado
tem inveja do futuro
o presente adiantado
ou atrasado, nem sente
o dia a dia do enduro.

Sou vizinha de uma jura
que briga com a razão
um alongado perdura
num resquício de emoção

Por isto em minha rua
foge na luz do poste
dança dos quartos da lua
em quatro ventres à sorte
na casa da maldição.

terça-feira, 25 de março de 2008

Fim de tarde...


numa tarde qualquer de março...

O dia se despede
dando lugar a noite
com ela a mais linda visão...
Lua, lua, lua...quanta inspiração.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Feliz Páscoa!


Páscoa...

É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,


É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...
somos melhores do que fomos ontem.


Desejo a todos os amigos, amigas e visitantes uma


Feliz Páscoa, cheia de paz, amor e muita saúde!


Beijinhos com sabor de chocolate!!!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Desmedido Querer


Eu te quero porque te quero.

Querer-te é estado compulsivo,
É uma necessidade vibrante.

Querer-te é um dom indissolúvel
Que adveio do silêncio da madrugada
E me embriagou amorosamente.

Querer-te é um fato consumado,
É a realidade feita de sonhos
Sem regulamentos absurdos.

Assim vou te querendo,
Paralelo de meus desígnios,
Espiral infindo do meu querer.


Otávio Coral

quinta-feira, 13 de março de 2008

Há dias assim...


Há dias em que se acorda e a realidade não se constrói a nível das ideias, como se o caos é que fizesse sentido. Há dias em que as palavras não fluem, atropelam-se antes da saída. Há dias em que apetece desistir, ficar-se parado para deixar passar todas as nuvens do céu prioritárias. Há dias em que o corpo age sozinho sem mente para o instruir, repetindo gestos usuais, automáticos. Há dias em que mais vale deixar cair a noite e esperar por outros dias…

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“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.”

Clarice Lispector
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