
— Em mim sonhas um mar, um horizonte
murmuravas. — Ao ver-me rio e vento
sabes que ao ser apenas lago e fonte
és imóvel, e sou teu movimento.
E sonhei mais. Que em volta do teu rio
fosse eu contorno e no teu vento eu fosse
a flexível resposta de um navio
saciando essa procura que te trouxe.
E sonhei mais ainda pois sonhei
também que me sonhavas. Descobri
que nem mesmo sonhaste o que te amei.
Na manhã do teu rio em que me apago
ficaram, desse sonho onde vivi,
as águas tristes que não foram lago.
Lupe Cotrim
4 comentários:
Cara Flor! às vezes, somos assim iguaizinhos as palavras, igual ao vento, ora tempestade e recomeço, ora sonhos, sopros que se vão de nós, feito terapia de almas para almas, tranqüilos lagos...
abraço, simao
Vim visitar esse belo espaço e dizer: Esse Blog,continua lindão!!!! Muito caprichado,dá gosto!!!
Agurdamos sua doce visita lá no compartilhando as Letras. Sua visita muito me alegra.Beijinhos.
Que poema bonito!!! Ouvir um pouco de Sinatra tambem e muito bom...Esta lindo teu espaço. Beijo
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