segunda-feira, 28 de abril de 2008



— Em mim sonhas um mar, um horizonte
murmuravas. — Ao ver-me rio e vento
sabes que ao ser apenas lago e fonte
és imóvel, e sou teu movimento.

E sonhei mais. Que em volta do teu rio
fosse eu contorno e no teu vento eu fosse
a flexível resposta de um navio
saciando essa procura que te trouxe.

E sonhei mais ainda pois sonhei
também que me sonhavas. Descobri
que nem mesmo sonhaste o que te amei.

Na manhã do teu rio em que me apago
ficaram, desse sonho onde vivi,
as águas tristes que não foram lago.

Lupe Cotrim

4 comentários:

ÁRVORES DO SIMAO disse...

Cara Flor! às vezes, somos assim iguaizinhos as palavras, igual ao vento, ora tempestade e recomeço, ora sonhos, sopros que se vão de nós, feito terapia de almas para almas, tranqüilos lagos...

abraço, simao

Sonia Regly disse...

Vim visitar esse belo espaço e dizer: Esse Blog,continua lindão!!!! Muito caprichado,dá gosto!!!

Sonia Regly disse...

Agurdamos sua doce visita lá no compartilhando as Letras. Sua visita muito me alegra.Beijinhos.

Sonia Schmorantz disse...

Que poema bonito!!! Ouvir um pouco de Sinatra tambem e muito bom...Esta lindo teu espaço. Beijo