sexta-feira, 20 de junho de 2008

Soneto do Amor e seus sóis



Eram teus olhos de água, olhos de água
ensombrada de folhas, eram teus
olhos de água marinha, eram teus olhos
de água límpida, ou turva, eram teus olhos

de água cintilante de tão negra,
eram teus olhos de água luminosa
como só umas raras dessas brisas
chamadas alma, eram os teus olhos

— e eis que teus olhos ainda são, que sempre
outros olhos e os mesmos: o amor
diverso e idêntico no azul do peito

a amanhecer-me, a moldar-me as
asas de mergulhar no chão profundo
e patas de galgar os altos ventos.

Ruy Espinheira Filho

6 comentários:

paulo disse...

Flor:

Muito lindo

Abraços

Sonia Regly disse...

Florzinha,
Que poema mais lindo!!! E essa imagem, que fofura!!! Ameeeiii, gosto muito daqui e de vc. Beijinhos.

Ivete disse...

Oi Flor
Que bom sua visita menina...
Ainda estou meio anestesiada, rsssss
Sabe que me identifiquei com seu soneto....engraçado como "um minuto" faz a gente ter emoções diferentes.....
bjsssssss

Corações e Segredos disse...

Oi lindinha..
Bom ter vc de volta,,,
Beijinhos e linda semana!

Deusa Odoyá disse...

OI MINHANOVA E ESTIMADA AMIGA fLOR.
PASSEI PARA CONHECER SEU BLOG E ADOREI.
VOLTAREIMAIS VEZES.
UMLINDO POEMA, COM MUITA PAIXÃO E
UMA FOTO MUITO ILUMINADA E SUAVE.
BEIJOS E FIQUE NA PAZ AMIGA.

TE AGUARDO NO MEU CANTINHO.

ÁRVORES DO SIMAO disse...

Caríssima Flor, ando um pouco atarefado com compromissos profissionais. Não é justificativa, pois, não quero me exauri da culpa de não ter te visitado mais cedo, entretanto, vim outra vez a ti e sem me estranhar, identifiquei-me logo com os teus olhos de água luminosa, de folhas, brisas chamadas almas a galgar os altos ventos. Belo post, bela poesia!

abraço, simao